Queridas glamorosas,
Hoje, quero te convidar para uma conversa que talvez nunca tenha sido proposta de forma tão direta: que tal refletirmos sobre o valor do homem?
Sim, aquele ser humano muitas vezes forte, muitas vezes perdido, que tantas vezes cruzou ou ainda cruza nossos caminhos.
Porque amadurecer também é isso: olhar o outro com mais empatia, com menos julgamento e com mais consciência.
Ao longo da vida, vivemos muitos papéis: filhas, mães, amantes, esposas, companheiras, ex-mulheres e até grandes amigas de homens que marcaram nossas histórias.
E em cada uma dessas fases, fomos moldando nossas percepções sobre o masculino.
Mas será que, nesse processo, conseguimos realmente enxergar a profundidade da alma de um homem?
Hoje, com o coração cheio de maturidade e olhos que já viram muito, vamos falar sobre quem é o homem — aquele que muitas vezes amamos, odiamos, perdoamos, e que tantas vezes também nos decepcionou, mas que, em muitos casos, continua ali, tentando acertar no silêncio de seus gestos.
O homem: entre a força e o silêncio
Muitos homens foram educados para esconder emoções, para conter o choro, para ser o “provedor”, o “forte”, o “que não pode fraquejar”.
Essa armadura pesa. E muito.
Quantos pais, irmãos, companheiros e filhos vimos sacrificarem sonhos pessoais em nome da estabilidade da família?
Quantos enfrentaram longas jornadas de trabalho, pressões emocionais, cobranças financeiras e ainda assim colocaram o pão na mesa sem alarde?
É fácil olhar para o homem e vê-lo como aquele que deveria ser mais presente, mais sensível, mais empático.
Mas será que estamos prontas para vê-lo com suas vulnerabilidades, com suas inseguranças, com sua dor?
Glamourosas, nós sabemos o quanto a vida exige de nós. Mas a verdade é que também exige muito deles — e quase sempre em silêncio.
As cobranças que nunca cessam
O homem que sai de casa para trabalhar é ausente.
O que fica, é acomodado.
O que educa com rigor, é autoritário.
O que se cala, é omisso.
O que protege, é controlador.
O que chora, é fraco.
O que resiste, é frio.
O que cede, é frouxo.
Quantas vezes nós mesmas reproduzimos esses julgamentos, muitas vezes sem perceber?
Não por maldade, mas por repetições culturais, traumas, ou apenas pela dificuldade de lidar com a complexidade dos relacionamentos humanos.
E é por isso que hoje proponho um exercício amoroso e maduro: olhar para o homem não com os olhos de quem espera perfeição, mas com os olhos de quem reconhece o esforço.
O homem que você já amou
Você se lembra do primeiro homem que mexeu com seu coração?
Talvez tenha sido na adolescência, ou até mais tarde. Um amor romântico, platônico, impossível ou eterno.
Lembra do frio na barriga, da emoção, da dor do primeiro adeus?
Esses homens, por mais que tenham passado, deixaram marcas.
E parte do nosso crescimento se deve às experiências que tivemos com eles — boas ou ruins.
A mulher madura, glamourosa como você, já viveu o suficiente para saber que o amor não é um conto de fadas.
É construção, diálogo, tropeço, recomeço.
E em muitas histórias, os homens também sofreram, também tentaram, também se perderam tentando amar da forma que sabiam.
O homem que está ao seu lado
Se você tem hoje ao seu lado um companheiro, reflita: será que ele sente que é visto?
Não apenas como pai, como marido, como figura funcional, mas como homem?
Será que você reconhece suas lutas, suas tentativas de acertar, seu esforço em te entender — mesmo que tantas vezes falhe miseravelmente?
Não se trata de passar pano, de aceitar o inaceitável ou de romantizar comportamentos tóxicos.
De forma alguma. Mas sim de olhar com mais empatia para aquele que também está tentando atravessar a vida com as ferramentas que recebeu.
Você sabe como é difícil ser mulher.
Mas ele também pode não ter aprendido a ser homem de um jeito saudável.
E talvez o melhor que podemos fazer é caminhar juntos nessa jornada de cura e reconexão.
O homem que você criou
Para muitas glamorosas, o homem mais importante da vida é aquele que elas criaram: o filho.
E se existe um ato de amor e coragem nesta vida, é educar um menino para ser homem em um mundo que insiste em dar os piores exemplos.
Você, mãe, sabe o quanto lutou para ensinar respeito, sensibilidade, empatia.
Sabe das noites mal dormidas, das preocupações, dos limites impostos com firmeza e carinho.
Sabe o orgulho que sente quando o vê acolhendo uma amiga, sendo um bom pai, respeitando uma parceira.
Esse é o seu legado, glamourosa. Um homem melhor do que muitos que você conheceu.
Um homem que, por sua causa, aprendeu que pode ser forte sem ser duro, sensível sem ser fraco, companheiro sem se anular.
O homem em extinção?
Quantas vezes você ouviu: “homem assim está em extinção”?
Pois eu te digo: talvez não estejam em extinção, apenas estejam escondidos, machucados, perdidos… esperando ser redescobertos.
Talvez o que falte seja espaço para que esses homens existam de forma mais inteira, mais livre, mais verdadeira.
E sim, somos parte disso.
Quando olhamos com acolhimento, quando incentivamos o autoconhecimento, quando deixamos de exigir perfeição e começamos a valorizar o processo, abrimos portas para que o masculino saudável renasça.
E o mais bonito?
Quando o masculino se equilibra, o feminino floresce ainda mais.
Porque não há competição entre os gêneros, há complementaridade. Há dança. Há troca.
O que queremos — e o que eles precisam
Queremos companheiros que nos ouçam, que nos respeitem, que nos admirem na nossa força e beleza madura.
Queremos ser vistas não como esposas ou mães, mas como mulheres inteiras. E
eles também.
Eles também querem ser vistos além do papel de provedor, além da pressão de “dar conta”, além da obrigação de “não sentir”.
Eles querem colo. Querem conversa. Querem parceria. E, muitas vezes, não sabem pedir.
É aí que entra a mulher madura.
A mulher que aprendeu a se olhar com carinho e, por isso mesmo, aprendeu a olhar o outro com mais compaixão.
Um convite glamouroso
Hoje, deixo aqui um convite: envie essa mensagem para aquele homem que você admira.
Um amigo, um irmão, um pai, um ex, um atual.
Diga que você vê. Que você reconhece. Que você compreende.
Não é preciso concordar com tudo. Não é preciso esquecer as dores.
Mas é possível lembrar do valor.
E se você é uma glamourosa que está se redescobrindo sozinha, saiba que esse olhar empático também pode curar feridas antigas.
Pode transformar a mágoa em aprendizado.
Pode fazer com que você se abra, sem medo, para um novo amor — talvez mais maduro, mais consciente, mais possível.
Porque sim, o amor maduro é o melhor.
É aquele que não exige máscaras, nem jogos.
É aquele em que o homem pode ser vulnerável, e a mulher pode ser gigante — e mesmo assim, ambos cabem no mesmo abraço.
Para refletir e compartilhar
O que você sente ao pensar no homem mais importante da sua vida?
Que legado você está deixando para os homens ao seu redor?
Como você pode ajudar a construir relações mais empáticas, reais e amorosas entre homens e mulheres?
Queridas glamorosas, nossa maturidade é um tesouro.
E com ela vem a responsabilidade de cultivar relações mais humanas, mais conscientes, mais amorosas.
Olhar para o homem com mais compaixão é também um ato de autocuidado — porque nos cura, nos pacifica, nos faz crescer.